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A lista de indicações por aí é bem grande e diversa, mas será que são indicações reais mesmo?
Pressão alta, pressão baixa
Diabetes gestacional
Bebê grande, bebê pequeno
Prematuro
"Retina fraca"
Glaucoma
Miopia
"Pelve estreita"
Mulher muito baixa ou muito alta
Circular de cordão
Pouco líquido, muito líquido
Natal, Ano Novo, viagens, férias, Carnaval...
Ano bissexto
Vaginismo
Placenta velha
"Não tem passagem"
Nada disso é indicação de cesariana mas são falas bem comuns nos consultórios por aí, na tentativa de deixar as mulheres inseguras, assustadas, se aproveitando desse momento de vulnerabilidade e cansaço, induzindo a agendar uma cesariana porque afinal...
"É mais rápido"
"É mais seguro" (será?)
"Pra que sofrer?"
"Pra que sentir dor?"
"Hoje temos que usar a tecnologia a nosso favor..."
Raras são as situações em que há indicação de cesariana logo no pré-natal , a grande maioria das indicações acontecem com o trabalho de parto:
desproporção entre a cabeça e a pelve materna , parada da descida fetal ou da dilatação apesar do uso de recursos e padrão fetal não-tranquilizador (um padrão de batimento cardíaco que diz que não é mais seguro prosseguir).
Outras indicações são:
descolamento prematuro de placenta
placenta prévia
prolapso de cordão
herpes genital ativa
HIV com carga viral detectável
rotura uterina
cirurgia uterina prévia - miomectomia intramural , cesariana segmento-corporal (corte em T no útero)
apresentação fetal anômala (córmica)
feto pélvico - essa é uma situação especial: não é uma indicação absoluta de cesariana mas pode ser caso a mulher não se sinta confortável e segura em ter um parto vaginal pélvico ou não haja possibilidade de assistência experiente neste contexto
Dúnia Valle
CRM-SP 171510 / RQE 89376
Médica Ginecologista e Obstetra
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